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O DILEMA DO PT EM MAMANGUAPE

Em poucos lugares, o PT tem conseguido espaço para montar candidatura própria, face a quebra de crescimento que a legenda sofreu desde aquele ano que expulsou Ricardo Coutinho

Por: Ademilson José
[email protected]

É bem verdade que, como partido do presidente da República, o PT tem poder de fogo em todos espaços do país para trabalhar e investir em candidaturas próprias nas eleições deste ano, mas convenhamos que, em política, assim como em muita coisa da vida, nunca se pode voar sem ter os pés no chão.

Nesse sentido, apesar de já ter um nome cogitado como opção de terceira via (Edeilson Almirante), o Partido dos Trabalhadores não pode deixar de considerar o aceno lançado neste começo de semana pelo seu presidente, Aguinaldo Lemos, sobre a possibilidade de uma composição em torno do nome do ex-prefeito e atual deputado estadual Eduardo Brito.

Não é de hoje que, não tendo se projetado em espaços mais fortes como Senado e Governo do Estado, o Partido dos Trabalhadores da Paraíba passou a enfrentar dificuldades para emplacar candidaturas de prefeito em nosso Estado.

O próprio caso Luciano Cartaxo na Capital configurou uma exceção, bastando lembrar que aquele voo só foi possível graças aos conflitos de Ricardo Coutinho com o seu então vice, Luciano Agra, indiscutivelmente padrinho e motor gerador da candidatura e da vitória de Cartaxo.

Luciano (que se reelegeu, saiu e hoje está de novo no partido) tem seus méritos, claro. Mas se não fossem os conflitos de Ricardo Coutinho com Luciano Agra, jamais a candidatura dele teria deslanchado, sequer nascido da forma competitiva que nasceu e chegou lá.

Nos demais municípios – Mamanguape inclusive -, não é diferente. Em poucos lugares, o PT tem conseguido espaço para montar candidatura própria, face a quebra de crescimento que a legenda sofreu desde aquele ano que expulsou Ricardo Coutinho. Com aquilo, acirrou demais os conflitos de suas alas internas que, por natureza, nunca se entenderam com tanta facilidade.

Nesse quadro, o PT de Mamanguape se articula e se movimenta bem quando acena para alianças como essa em torno de Eduardo Brito. Um acordo bem feito, com uma vice ou uma boa participação na campanha e a formação de uma bancada mínima na Câmara, não deixa de ser um bom caminho para futuros voos do partido.

Não sei agora quem é o suplente da fila, mas um lado negativo seria, em ganhando, Eduardo Brito desfalcar o Vale na Assembleia Legislativa, justamente num momento que a região precisa crescer em termos de representatividade, no caso, trabalhar para fazer também um deputado federal. População e história tem demais para conseguir isso!

Enfim, pelo sim pelo não, como tudo ainda está no campo da conjuntura e das negociações, o lado bom é que, além de não ser ruim para o PT, uma aliança como também tem a vantagem de tornar uma candidatura de oposição (no caso, a de Eduardo) bem mais competitiva.

Aliás, nunca foi fácil, para nenhuma oposição, enfrentar o rolo compressor que normalmente são impostos pelos blocos que estão no e com o Poder nas mãos. Esse negócio de dividir só serve para reinar – para quem está no Poder. Para quem está na oposição, é tiro no pé. Porque, quanto mais candidatura de oposição, melhor para o bloco da situação, do Poder.

Noutro aspecto da questão, uma coisa é certa: essa aliança pode até ser internamente traumática para o PT, mas não deixa de ser positiva para o município como um todo porque abre o leque dos debates. Mas veremos no que vai dar. Afinal de contas, como diz o ditado, é conversando que a gente se entende. Ou se desentende de vez…

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