ELEIÇÃO SEM OPOSIÇÃO – Principal nome da direita brasileira, Bolsonaro se torna inelegível pelo TSE

O Tribunal Superior Eleitoral tornou Jair Messias Bolsonaro inelegível por 8 anos. A decisão foi proferida nesta sexta-feira (30/06) após 4 Ministros terem acatado o pedido do Partido Democrático Trabalhista (PDT)

O Partido alegou que o ex-presidente cometeu abuso de poder político em uma reunião com embaixadores em 2022. Segundo a petição, Bolsonaro teria antecipado sua campanha política em um evento anterior ao período eleitoral e em um momento que deveria participar apenas como governante.

O Partido também condenou as questões levantadas pelo ex-presidente sobre a legitimidade das urnas eletrônicas brasileiras, afirmando que o ato configura um ataque ao Estado Democrático de Direito.
No dia do julgamento, Bolsonaro se pronunciou sobre o caso em uma entrevista no aeroporto de Brasília para diversos jornais:

“É um absurdo o que estão fazendo. É uma injustiça comigo, meu Deus do céu. Isso é um julgamento político, a esquerda quer uma eleição em 2026 sem concorrente, um WO, está dispensada a eleição de 2026 sem um concorrente à altura. Seria eleger o Lula por aclamação”.

LEIA TAMBÉM:

ANIMAIS NA PISTA – Donos não se importam e vidas ficam por um fio

CENSO DO IBGE – Presidente Lula sanciona lei que cria transição para municípios se adequarem ao novo Censo

Apoiadores de Bolsonaro também se manifestaram:

O ex-presidente ainda pode recorrer ao próprio TSE ou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar manter sua elegibilidade.

Primeiro caso de inelegibilidade sem ser por corrupção

Desde a redemocratização após a ditadura militar, o Brasil já teve outros casos de inelegibilidade de políticos que ocuparam a presidência do país, mas giraram em torno de casos de corrupção:

Fernando Collor de Mello (PRN)
Em 29 de dezembro de 1992, o primeiro presidente eleito pela população após a redemocratização foi julgado e condenado pela Corte Suprema por corrupção oriunda de propinas e acusações de corrupção, tornando-se inelegível.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Em 2018, foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, e foi impedido de concorrer às Eleições Presidenciais daquele ano. A condenação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ele ficou inelegível para o cargo de presidente. Posteriormente, o STF anulou as condenações, o que o permitiu participar das eleições de 2022.

Brasil Paralelo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *