A alegação é de que houve uma contradição entre a decisão judicial, que determinou a prisão das ex-diretoras do Padre Zé e as provas apresentadas nos autos
Os advogados que fazem a defesa das ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva, e Amanda Duarte Silva Dantas protocolou neste domingo (19) um recurso pedindo que a decisão que determinou a prisão preventiva das acusadas seja revogada.
Jannyne Dantas e Amanda Duarte são acusadas pelo Ministério Público, dentro do âmbito da Operação Indignus, de participarem de um esquema de desvio de recursos da unidade hospitalar que chegam a R$ 140 milhões de reais.
De acordo com a contestação apresentada pela defesa, houve uma contradição entre a decisão judicial que determinou a prisão das ex-diretoras do Padre Zé e as provas apresentadas nos autos.
O Ministério Público, por sua vez, justificou cautelarmente a prisão das ex-diretoras com base em evidências que indicariam uma possível obstrução da investigação. Um trecho de conversa no WhatsApp foi apresentado como fundamento para o pedido, no qual se alega que os celulares apreendidos evidenciariam uma orquestração para apagar rastros de atividades ilícitas.
A defesa contestou essa alegação, argumentando que houve uma descontextualização da prova, resultando em uma contradição entre a decisão judicial e as evidências apresentadas.
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As prisões
Jannyne, ex-administradora do Padre Zé, está sob custódia no presídio Júlia Maranhão, em João Pessoa, desde a última sexta-feira (17), quando o desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba, determinou sua prisão e dos demais diretores do hospital.
O ex-presidente do instituto, o Padre Egídio de Carvalho, também foi preso e está detido no presídio especial do Valentina de Figueiredo. A ex-tesoureira do hospital, Amanda, por sua vez, teve a prisão preventiva convertida em domiciliar por necessidade de prestar cuidados ao filho de 4 meses.
A investigação
Dentre os materiais e provas reunidos pelo Ministério Público estão anotações apreendidas durante a primeira fase da Operação Indignus que revelam transferências feitas pela direção do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, por determinação do Padre Egídio Carvalho. Os documentos comprovam que entre 08 de janeiro e 28 de agosto de 2022, Amanda Duarte transferiu ou entregou em mãos valores que somados chegam a R$ 1,5 milhão.
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