Outras duas pessoas foram inocentadas do crime de homicídio, mas uma delas foi punida por corrupção de menores. Luiz Abrantes de Queiroz foi morto a facadas ao chegar em casa, em junho de 2022, em João Pessoa
Divulgação/Polícia Civil
Uma mulher identificada como sendo Gleissy Ranielly da Silva foi condenada nessa terça-feira (18) por homicídio triplamente qualificado e por furto qualificado. A vítima foi o próprio marido, o policial civil aposentado Luiz Abrantes de Queiroz, de 75 anos, que foi morto em junho de 2022 dentro de sua casa, no bairro de Castelo Branco, em João Pessoa.
O julgamento aconteceu no Primeiro Tribunal do Júri da Capital. Ela pegou uma pena de 25 anos por forjar um assalto que tinha como objetivo assassinar o marido, crime que foi cometido por dois homens. Ela pegou ainda uma pena de cinco anos por furtar objetos do marido.
O juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, presidente do Tribunal do Júri, decidiu que as penas devem ser cumpridas cumulativamente, o que significa uma pena de 30 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Não foi dado a ela o direito de recorrer em liberdade.
Outras duas pessoas também foram julgadas. Francinaldo Alves da Silva era suspeito de ser um dos homens que matou o policial civil, porque com ele foi encontrado o carro da vítima, com objetos pessoais dele. As investigações, contudo, indicaram que o carro foi levado a pedido da própria viúva, que lhe entregou as chaves, mas antes tinha colocado objetos do marido no veículo com o objetivo de incriminá-lo.
Assim, Francinaldo acabou absolvido dos crimes de homicídio e de roubo, mas foi condenado pelo de corrupção de menores, já que ele levou o filho menor de 18 anos para participar da ação. Eles foram de moto à casa e o filho voltou pilotando a moto enquanto Francinaldo dirigia o carro.
Funcionou como atenuante o fato dele ter se desfeito dos objetos tão logo soube do homicídio. Ainda assim, foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão em regime aberto por corrupção de menores.
Por fim, Adrielly Martins Silva Pires, que é prima da viúva e trabalhava como babá do casal, foi absolvida de todos os crimes porque ficou constatado que ela nem mesmo estava na casa no momento do crime. Ela era apontada como uma espécie de cúmplice da prima, mas acabou absolvida de todas as acusações.
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