Agressões teriam acontecido no sábado (27). Ele foi preso em flagrante, solto na audiência de custódia e preso de novo nesta quinta-feira (1º). Homem é suspeito de agredir mulher e mantê-la em cárcere privado
Reprodução/TV Cabo Branco
Voltou a ser preso na manhã desta quinta-feira (1º) o homem suspeito de espancar e manter em cárcere privado a própria namorada. O crime aconteceu na madrugada de sábado (27) no município de Bayeux, na Grande João Pessoa, mas Claudimar Costa da Silva acabou solto na segunda-feira (29) após passar por audiência de custódia. Agora, ele volta a ser preso por decisão judicial.
Sthefany Melo foi vítima de agressões e cárcere privado
Reprodução/TV Cabo Branco
A nova prisão acontece no dia seguinte da exibição do JPB2, da TV Cabo Branco, em que a vítima dá detalhes sobre as agressões. Sthefany Melo destaca que foi mantida em cárcere privado por seis horas e que ela só não foi assassinada porque conseguiu fugir.
De acordo com o relato, ela foi mantida presa no bar de propriedade do agora ex-namorado. “Eu vi que ele ia fazer alguma coisa. Porque ele começou a beber e começou as brigas. Ele me manteve em cárcere privado, mais de seis horas”, conta.
diz que foi violetamente agredida e que só conseguiu fugir num momento de distração do agressor. “Quando eu desci na avenida Liberdade, vinham dois carros da Rotam. Eu pedi socorro”, falou aos prantos.
O suspeito foi preso em flagrante naquele dia. A vítima foi levada imediatamente para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Lá, foi diagnosticada com uma fratura no nariz e com lesões na cabeça e no pescoço.
“Está doendo muito. Não era para eu estar viva”, desabafou Sthefany.
Depois, ela admitiu que tem medo e pediu por justiça:
“Eu espero que a justiça seja feita e que eu tenha paz. Eu quero paz. Porque eu não posso sair, eu não posso trabalhar. Todo mundo do meu trabalho apavorado, todo mundo assustado. Eu não posso deixar meus filhos na escola. Como é que fica? Cadê a justiça?”, questionou emocionada.
Sthefany Melo explicou que o namoro durou um ano, mas que desde o início existia um relacionamento abusivo. “Qualquer coisa era um motivo para brigas. Ele não queria que eu trabalhasse, ele não queria que eu tivesse amizades, ele não queria que eu tivesse pessoas próximas a mim. Se alguém ligasse para o meu celular ele já mandava desligar”, descreve.
A advogada da vítima, Beatriz Serrano, defende a prisão do agressor. “Se ela não tivesse fugido, provavelmente não estaria nem viva”.
O advogado do suspeito, Jardiel Oliveira, confirmou que um mandado de prisão foi expedido na manhã desta quinta-feira (1º), mas que não teve acesso à decisão. A defesa contesta a prisão e diz que não houve quebra de medida protetiva, nem tentativas de aproximação.
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