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Golfinhos nadam próximo a banhistas na maré baixa de praia do Litoral Sul da Paraíba

Grupo de golfinhos foi avistado a cerca de 700 metros da praia de Acaú, distrito de Pitimbu, Litoral Sul da Paraíba. Golfinhos são encontrados na praia de Pitimbu, Litoral Sul da Paraíba
Um grupo de seis golfinhos foi encontrado por uma banhista na praia de Acaú, distrito de Pitimbu, Litoral Sul da Paraíba, na manhã do último sábado (16). Os golfinhos estavam nadando próximo a banhistas, a cerca de 700 metros da praia, na maré baixa, e se movimentavam para manter a hidratação.
A banhista comentou que durante a maré baixa na praia de Acaú, é possível caminhar cerca de 1.000 metros mar adentro, onde formam-se piscinas naturais.
O sexteto de golfinhos foi avistado a cerca de 700 metros da praia. Ela conta que foi se aproximando e se certificando que os golfinhos não estavam encalhados.
Golfinhos nadam próximo a banhistas na maré baixa de praia do Litoral Sul da Paraíba
Reprodução
Eles eram dóceis e movimentam-se para manter a hidratação. O líder tinha um pouquinho mais de dificuldade pelo seu porte. Ela comenta que eles mesmos se aproximavam. Assim que a maré começou a subir, ela voltou, porque poderia se tornar perigoso. Após a maré subir, os golfinhos seguiram seu destino.
Em resposta ao g1, a técnica ambiental do Projeto Viva o Peixe-boi-Marinho e bióloga marinha Isis Chagas de Almeida comenta que a espécie registrada no vídeo é o boto-cinza (Sotalia guianensis), um golfinho que habita áreas costeiras e estuarinas.
Sua distribuição se estende desde o litoral de Santa Catarina, no sul do Brasil, até Honduras, na América Central, sendo particularmente comum no litoral paraibano.
O boto-cinza é frequentemente avistado em grupos de dois a 15 indivíduos, exibindo comportamentos variados. Por ser uma espécie costeira, é comum que pessoas avistem alguns desses comportamentos em regiões próximas ao litoral.
Por que esses animais encalham na praia?
Isis explica que esses mamíferos aquáticos podem acabar encalhando nas praias por diferentes fatores, seja por doenças e/ou a perda de filhotes.
“Em alguns casos, doenças podem deixá-los debilitados, dificultando a navegação e a sobrevivência. Filhotes que se perdem da mãe também têm mais chances de acabar encalhados. Além disso, podem ocorrer encalhes em massa, nos quais um grupo de animais aparentemente saudáveis nadam para uma área de maré muito baixa e acaba ficando preso”, comentou Isis.
No caso do grupo avistado em Pitimbu, apesar de estarem em uma área muito rasa, os animais conseguiram retornar ao mar, provavelmente com a ajuda da maré cheia.
O que fazer nesses casos?
A especialista indica que ao presenciar um animal encalhado, é recomendável que as pessoas se afastem e o observem à distância, evitando interferir em seu comportamento. Isso é essencial para não dificultar que o animal encontre o caminho de volta ao mar por conta própria.
“Caso os animais estejam vivos e encalhados na areia, não tente devolvê-los à água. Essa ação, mesmo que bem-intencionada, pode causar mais danos”, explicou.
Já no caso de animais mortos, também é essencial manter distância, pois eles podem representar riscos sanitários.
Em ambos os tipos de encalhe, seja de mamíferos aquáticos vivos ou mortos, é fundamental que a população entre em contato com a Fundação Mamíferos Aquáticos, pelos telefones (83) 99961-1352 (WhatsApp) e (83) 99961-1338, para que o atendimento adequado seja realizado.
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