Em 8 há empate entre os dois candidatos que disputam. MDB tem o maior número de candidatos na liderança, com 3. PL de Bolsonaro, PP, PSD e União Brasil tem 1 cada um. PT de Lula, nenhum. Cabine de votação nas eleições
Duda Fortes/Agência RBS
A Quaest fez neste sábado (26) a última rodada de pesquisas antes do 2º turno.
Veja o que os números indicam sobre a disputa nas capitais.
Foram levados em consideração os votos válidos, que desconsideram brancos e nulos, como a Justiça Eleitoral faz para definir quem são os vencedores (leia, abaixo, como a Quaest calcula os votos válidos).
As disputas mais apertadas
Em duas capitais, Cuiabá e Fortaleza, os dois candidatos aparecem com 50% das intenções de votos.
Em outras 6, há empate técnico, que acontece quando a diferença entre os dois candidatos está dentro da margem de erro da pesquisa: Belo Horizonte, Natal, Palmas, Campo Grande, Manaus e Porto Velho.
Nas outras sete, um candidato tem a liderança: São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, João Pessoa, Aracaju e Belém.
O 2º colocado do 1º turno está na frente
Em apenas uma cidade, Goiânia, o candidato que ficou em segundo lugar no primeiro turno está na frente do adversário. Nas outras seis cidades, quem está na frente é o candidato que venceu no primeiro turno.
Os partidos que lideram
O MDB tem três candidatos entre os sete que lideram as disputas. Se vencer em todas, será o partido que governará mais capitais a partir de 2024: cinco ao todo, pois no 1º turno, a legenda ganhou em Macapá e Boa Vista.
O PSD – que desbancou o MDB após mais de 20 anos e já é o partido com mais prefeitos no país – lidera em uma capital. Se vencer, chegará a quatro, o dobro do que conseguiu em 2020. A legenda tem, ainda, um candidato em empate técnico – pode, então, ir até cinco e se equiparar ao MDB.
Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL tem um candidato na liderança. Se vencer, chega ao comando de 3 capitais (em 2020, o partido não elegeu nenhuma).
O PL, entretanto, tem mais 5 candidatos em empate técnico. Se também eles vencerem, vai a 8, e passa PSD e MDB para se tornar o partido com mais prefeitos de capitais, ultrapassando a marca atingida pelo PSDB em 2016 (7) e quase igualando o PT em 2004 (9).
Além disso, o PL mais 3 candidatos que estão atrás na disputa pelo 2º turno – caso vença todas as disputas, chegaria a 11, um número inédito desde 1985.
União Brasil e PP também têm um candidato na liderança cada um, mas o União pode ir, na primeira eleição municipal da qual participa, ao comando de 3 capitais se vencer nessa, ou mesmo a 6, se ganhar também nas outras 3 na qual empata.
O PP pode ir a 2, o mesmo número que elegeu em 2020.
PT de Lula e outros de esquerda sem candidatos na liderança
A última rodada de pesquisas Quaest mostra o partido do presidente Lula (PT) fora da liderança das disputas de 2º turno, mas com 3 candidatos em empate técnico com os adversários.
Caso vença nessas três, reverterá a tendência de queda no comando de capitais que vem desde 2004 e que terminou com o pior resultado do partido na história em 2020, quando não elegeu nenhum prefeito de capital.
Os outros dois partidos de esquerda que estão no segundo turno, PDT e PSOL, também estão fora da liderança. Cada partido tem um candidato em segundo lugar na disputa do 2º turno nas capitais.
Veja, abaixo, os resultados das pesquisas nas 15 capitais, e clique aqui para ver os detalhamentos de cada uma:
São Paulo
Belo Horizonte
Porto Alegre
Fortaleza
Manaus
Curitiba
Belém
Goiânia
Campo Grande
Natal
João Pessoa
João Pessoa
Cuiabá
Aracaju
Porto Velho
Palmas
Como a Quaest calcula os votos válidos?
Para calcular os votos válidos, que é a forma como o TSE divulga o resultado das eleições, a Quaest levou em consideração as intenções de voto da pesquisa, o padrão e o perfil de comparecimento eleitoral na cidade de Belo Horizonte.
Além disso, nos votos válidos, considera também o nível de probabilidade de os eleitores saírem de casa para votar, ou seja, o nível de engajamento dos eleitores de cada candidato – é o modelo likely voter, que considera eleitores com maior propensão a votar.
“Na Quaest nós combinamos dados oficiais do TSE, que retratam o padrão e o histórico de comparecimento nas últimas eleições, com perguntas para identificar a motivação, o interesse e o grau de participação de cada eleitor em eleições anteriores. Reunindo esses dois dados é que a gente cria o modelo, quase um algoritmo, no qual a gente atribui para cada indivíduo na amostra, um peso, uma probabilidade, uma chance de ir votar no domingo”, explicou Felipe Nunes, diretor da Quaest. “É dessa forma que a gente pretende tornar a pesquisa ainda mais precisa e informativa, para o eleitor que vai votar”.
G1 Explica: como são feitas as pesquisas eleitorais
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