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Conselheiro tutelar suspeito de estupro não foi afastado, mas não foi trabalhar essa semana

Suspeito, além de conselheiro, é motorista de transporte escolar, e mantinha conversas sexuais com uma adolescente de 13 anos, que ele buscava em casa e deixava na escola, no trajeto entre Gurinhém e Guarabira. Central de Polícia de Guarabira
Pedro Júnior/TV Cabo Branco
O conselheiro tutelar e motorista de van escolar suspeito de abusar sexualmente uma adolescente de 13 anos no trajeto em que buscava a vítima em casa e a deixava na escola não foi afastado de suas funções enquanto conselheiro no município de Mulungu, no Agreste paraibano. A informação foi confirmada pelo Conselho Tutelar de Mulungu ao g1.
Ainda segundo o Conselho Tutelar de Mulungu, mesmo não tendo sido afastado de suas funções de conselheiro tutelar, desde segunda-feira (4) que ele não apareceu ao local para trabalhar.
Ele chegou a ser preso, mas, após audiência de custódia, foi liberado para responder ao processo em liberdade. O inquérito policial foi enviado para o poder judiciário, que aguarda a denúncia por parte do Ministério Público da Paraíba (MPPB). A Polícia Civil ainda investiga se houve outras vítimas do motorista
O Conselho Tutelar de Mulungu explicou que tomou conhecimento do fato de forma informal, procurou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) para obter orientações de como proceder com a situação, e o MPPB não aconselhou a suspensão do trabalho do conselheiro até uma definição por parte das investigações.
Conselheiro Tutelar preso suspeito de estupro na Paraíba
Reação da família da vítima
O pai da adolescente de 13 anos que denunciou ter sido vítima de abuso, no Agreste paraibano, disse que está tendo dificuldades para dormir. Ele preferiu não ter a identidade revelada e conversou com a TV Cabo Branco sobre como está sendo para a família desde o ocorrido. “Não sei o que é dormir praticamente”, revelou. Ele também disse que não conseguiu presenciar o depoimento da filha por completo.
À TV Cabo Branco, a defesa do suspeito disse que espera provar a inocência dele.
Relembre o caso
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito transportava a vítima, que mora em Gurinhém, até a escola, na cidade de Guarabira, também no Agreste paraibano, num trajeto de cerca de 40 km de distância. De acordo com as declarações prestadas pela vítima, o suspeito pedia para que a vítima o acariciasse. No trajeto, dentro da van, o suspeito passou a manter conversas de cunho sexual com a vítima e chegou até perguntar para a vítima se uma outra amiga dela, de 12 anos de idade, já havia feito alguma relação sexual.
Ele foi levado para uma unidade prisional, mas, após audiência de custódia, foi liberado para responder ao processo em liberdade. O inquérito policial foi enviado para o poder judiciário, que aguarda a denúncia por parte do Ministério Público da Paraíba (MPPB). A Polícia Civil ainda investiga se houve outras vítimas do motorista
A vítima foi ouvida por psicólogos e a Polícia Civil localizou o suspeito dentro da van, na cidade de Guarabira. Ele foi conduzido para a delegacia na mesma cidade, confessou que existiam as conversas num tom sexual, contudo negou que haveria existido qualquer ato concreto entre ele e a vítima.
O delegado Walter Brandão, que investiga o caso, explicou que a estudante, que era transportada na van, vinha sendo induzida a praticar ato libidinoso pelo motorista, o que configurou a prática de estupro de vulnerável.
“O motorista de transporte escolar, em sua própria van, induziu e envolveu a adolescente de 13 anos, naquele momento em que só os dois se encontravam para que a mesma praticasse ato libidinoso”, explicou o delegado Walter Brandão.
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