Três mães de pacientes e duas sobrinhas do pediatra compareceram à Delegacia de Repressão a Crimes contra a Infância e Juventude para formalizar denúncias contra Fernando Cunha Lima. Vítimas chegam à delegacia para formalizar denúncias de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima
Volney Andrade/TV Cabo Branco
Pelo menos cinco mulheres já compareceram à Delegacia de Repressão a Crimes contra a Infância e Juventude para formalizar denúncias de abuso contra o médico pediatra Fernando Cunha Lima, em João Pessoa. Ele é suspeito de estuprar uma menina de 9 anos durante uma consulta médica realizada em 25 de julho deste ano.
Entre as denunciantes, estão três mães de pacientes do pediatra, incluindo a da menina de 9 anos que fez a primeira acusação formal, e duas sobrinhas dele.
Segundo o advogado das vítimas, Bruno Girão, existem cerca de 20 pessoas que entraram em contato com ele relatando novas acusações. Porém, não houve formalização de denúncias. A delegada Isabela Emanuela preferiu não gravar entrevista porque o caso está em segredo de justiça.
Pediatra Fernando Cunha Lima é suspeito de estuprar uma paciente de 9 anos de idade durante uma consulta, em João Pessoa
TV Câmara/Reprodução
Fernando Paredes Cunha Lima não compareceu à Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e a Juventude para prestar depoimento na manhã desta quinta-feira (8), tal como era aguardado pela Polícia Civil. A defesa alega que o pediatra passou mal durante a madrugada e que precisou ser internado às pressas no Hospital da Unimed, em João Pessoa. Eles foram à delegacia justificar a ausência.
Por volta das 10h20 desta quinta-feira (8), os advogados do pediatra emitiram nota defendendo a tese de que as denúncias contra ele são infundadas e que Fernando vai esclarecer tudo assim que possível.
Sobrinha de pediatra denunciado por estupro de vulnerável diz ter sido abusada por ele
Entenda o caso
A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho e foi tornada pública nesta quarta-feira (7).
A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança. Ela informou que na ocasião imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.
Sobrinha de pediatra denunciado por estupro de vulnerável diz ter sido abusada também
Com a repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou que também foi abusada quando também tinha 9 anos, na década de 90, assim como suas duas irmãs. As denúncias, assim, indicam que os crimes aconteceriam há pelo menos 33 anos, já que o relato de uma das sobrinhas fala de um estupro que teria sido cometido em 1991.
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) informou nessa quarta-feira (7) que abriu uma sindicância para apurar o caso. Já a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do qual Fernando Cunha Lima era diretor, decidiu suspendê-lo e afastá-lo de suas funções diretivas.
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