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Caso Padre Zé: audiência de instrução de processo contra padre Egídio é retomada nesta quinta (13)

Primeira audiência foi suspensa no dia 20 de maio depois que a defesa do padre insistiu no depoimento de testemunhas que faltaram. Ex-diretoras também são rés. Fórum Criminal de João Pessoa
Divulgação/TJPB
A audiência de instrução do processo que apura um esquema de desvios de recursos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa, será retomado nesta quinta-feira (13), por volta das 8h30, no Fórum Criminal da capital paraibana. A primeira audiência foi suspensa no dia 20 de maio depois que a defesa do padre Egídio de Carvalho Neto insistiu no depoimento de testemunhas que faltaram.
São réus no processo o próprio padre Egídio, que é o ex-diretor do Hospital Padre Zé, e também a e-diretora Jannyne Dantas Miranda e Silva e a ex-tesoureira Amanda Duarte da Silva Dantas. Os três são investigados investigados por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão da unidade hospitalar, em João Pessoa.
A expectativa é que nesta quinta-feira (13) sejam ouvidas mais testemunhas de defesa e os réus. As defesas dos três réus, inclusive, disseram que eles vão participar da audiência de forma remota, mas especificamente a defesa de Amanda Duarte diz que vai pedir o adiamento da audiência, alegando que não vem tendo o devido acesso aos autos apresentados pelo Ministério Público da Paraíba.
No dia 20 de maio, sete pessoas já haviam sido ouvidos, sendo eis apresentadas pelos réus e uma testemunha de acusação.
Veja abaixo a lista de quem foi ouvido
Uma contadora do Padre Zé (arrolada pelo MP)
Dois porteiros do Padre Zé
Dois funcionárias do hospital
Dom Delson (arrolado pela defesa do Padre)
Samuel Segundo, ex-funcionário do hospital
Depois desses depoimentos, chegava a vez dos réus serem ouvidos, mas a defesa do padre insistiu em depoimentos de testemunhas das quais ele ainda tinha direito, o que forçou o adiamento.
Segundo processo em relação ao Padre Zé
Existe um segundo processo contra os mesmos réus e também contra o empresário João Diógenes de Andrade Holanda, sob a acusação de compra fraudulenta de computadores por parte do Hospital Padre Zé. A audiência de instrução estava marcada para 27 de maio, mas acabou adiada depois que a Justiça acolheu algumas questões de ordem levantadas pela defesa do empresário. Ainda não existe uma nova data para que a audiência seja realizada, já que isso depende da análise das questões acatadas e que seguem pedentes.
Quando começou a investigação
A operação ‘Indignus’ foi deflagrada na manhã do dia 5 de outubro, mas as irregularidades no Hospital Padre Zé começaram a ser investigadas quando mais de 100 aparelhos celulares foram furtados da instituição. Esse caso foi tornado público em 20 de setembro. A denúncia, no entanto, foi feita em agosto e imediatamente um inquérito policial foi aberto. Um suspeito, inclusive, chegou a ser preso, mas responde em liberdade e cumpre medidas cautelares.
Padre Egídio deixou a direção do hospital logo após a denúncia sobre o furto de celulares. Os celulares foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
No desenrolar das investigações do furto, a Arquidiocese da Paraíba anunciou que estava afastando o padre Egídio de qualquer ofício ou encargo eclesiástico. Na prática, ele fica proibido de ministrar missas ou qualquer outro sacramento da igreja.
Após o furto dos celulares, uma denúncia anônima foi apresentada ao Ministério Público da Paraíba apontado uma série de irregularidades na gestão do padre Egídio.
Na terça, 3 de outubro, uma força-tarefa composta por órgãos públicos da Paraíba foi formada para investigar irregularidades no Hospital Padre Zé.
O Hospital Padre Zé, em João Pessoa, afirmou que constatou inúmeras dívidas que comprometem sua funcionalidade após avaliar a situação operacional, funcional, contábil e financeira da instituição. A gestão disse que a primeira providência foi solicitar ao Ministério Público da Paraíba uma ampla auditoria em todas as contas, contratos, convênios e projetos do hospital.
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