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Campina Grande 160 anos: avenida Floriano Peixoto ajuda a contar a história da cidade

Avenida Floriano Peixoto corta a cidade de Campina Grande, que completa neste dia 11 de outubro 160 anos de emancipação política. Avenida Floriano Peixoto, em Campina Grande
Reprodução/TV Paraíba
Se a história de Campina Grande fosse contada a partir de uma rua, dificilmente não seria a Avenida Floriano Peixoto. Hoje são oito quilômetros de extensão, vias largas que cruzam a cidade quase que de ponta a ponta. Aos 160 anos, comemorados nesta sexta-feira (11), Campina Grande viu seu desenvolvimento passar pela Floriano, como é conhecida.
A Avenida Floriano Peixoto tem cerca de oito quilômetros de extensão e corta Campina Grande. Ela surgiu nas proximidades da Catedral Diocesana Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade, em meados de 1698.
“A Catedral cresceu em função dessa avenida, que hoje é a principal artéria da cidade, mas ali foi erguido o primeiro monumento, o primeiro marco de Campina Grande, que foi o Cruzeiro. E isso em 1698. Então esse monumento marco foi feito ali no meio da nossa hoje Floriano Peixoto”, afirmou o historiador Vanderley de Brito.
As torres do que hoje é a Catedral de Nossa Senhora da Conceição são visíveis de vários pontos de Campina Grande. Naquele mesmo local, a primeira Igreja foi construída no alto do lugarejo, há mais de dois séculos e meio, em meados de 1769.
Inauguração do obelisco Floriano Peixoto, em Campina Grande
Reprodução/TV Paraíba
Não por acaso, os imóveis mais antigos da cidade que seguem preservados estão na Floriano Peixoto. É o caso do Museu Histórico de Campina Grande, que já foi Senado da Câmara, Museu do Telégrafo e Cadeia Municipal. O prédio foi construído mais de 200 anos atrás, entre 1812 e 1814.
Pouco a pouco, o lugarejo foi ganhando forma e se desenvolvendo como cidade, posto alcançado cinquenta anos depois. Conforme a cidade foi crescendo, a rua foi crescendo junto. Na década de 1940, a avenida ganhou o nome de Floriano Peixoto.
“A partir da década de 1940, com Vergniaud Wanderley, prefeito, ele resolveu fazer uma reforma urbanística em Campina Grande. Então nesse momento, ele resolveu abrir a avenida e dar o nome de Floriano Peixoto. Então ela ia mais ou menos ali até o cruzamento com o Maciel Pinheiro, e ele foi demolindo casas e abrindo esse acesso, e a Floriano Peixoto ficou estendida, desde a Catedral até onde hoje é o Teatro Municipal”, explicou Vanderley de Brito.
A Avenida Floriano Peixoto, então, seguiu até o ponto em que foi construído o Teatro Municipal Severino Cabral. Alguns anos depois, na década de 1980, ganhou a primeira expansão, seguindo pelo bairro do São José, Centenário… até o Dinamérica.
A força do comércio, que impulsionou a vila à cidade no passado, continua pulsando nos dias atuais. Na área central, surgiram novos espaços, como a Arca Titão e a Arca Catedral. São quase 30 anos dessas instalações.
Com o crescimento da Avenida, o comércio também foi se expandindo para além do centro da cidade, garantindo desenvolvimento econômico e novas possibilidades de empreendedorismo.
“Do ponto de vista econômico, a cidade foi planejada onde todas as vias ligam ao centro. A Floriano é a principal via de interligação entre bairros e centro. Com o passar do tempo e o prolongamento da cidade, a gente tem o desenvolvimento de comércios e atividades econômicas fora do centro da cidade. A concepção de cidade vai se modificando. Talvez o centro não seja mais o centro comercial, porque os bairros têm atividades dinâmicas… As Malvinas, Liberdade, José Pinheiro… À medida que a Floriano Peixoto vai se prolongando, ela vai originando também investimentos, atividades econômicas muito importantes”, explicou o economista Geraldo Medeiros.
E é pensando nesse potencial de crescimento e descentralização que novos negócios vão surgindo. A empresária Lorraine Silvia Santos, por exemplo, escolheu instalar o comércio na Floriano Peixoto, mas em um centro comercial no bairro do Centenário.
“Você pode observar que aqui tem muito comércio, não só de moda feminina, mas tem material de construção, tem de loja de roupa infantil, e assim, a tendência é aumentar, porque aqui você dá pra agregar vários bairros, tanto quem passa pelo centro, ou quem vai pros bairros mais distantes, como Portal, Acácio, os bairros mais perto, Liberdade, Jardim Paulistano, João Paulo II, Centenário, Dinamérica […] a gente buscou o comodismo pro cliente”, relatou a empresária.
160 anos de Campina Grande: conheça a história da Avenida Floriano Peixoto
Memórias do ontem, detalhes do hoje, projeção para amanhã
A Floriano Peixoto respira história. Algo que chama a atenção de quem passa por aqui é que a Avenida é arborizada de ponta a ponta. O primeiro trabalho de arborização foi feito na década de 1950, pelo então prefeito de Campina Grande, Elpídio de Almeida. Algumas destas árvores estão aqui há aproximadamente 70 anos.
A vocação para crescer levou a Avenida Floriano Peixoto até a Alça Sudoeste, no Bairro do Serrotão. Essa nova expansão foi feita no inícios dos anos 2000. Hoje, conta com espaços importantes para Campina, como a Vila Sítio São João e o Hospital de Trauma.
Do outro lado, o crescimento da Avenida se deu, em maioria, por residências construídas. Por lá, ainda há espaço para expansão.
“A Floriano Peixoto não fica no passado. Ela é uma Avenida muito importante na história, é importante no presente, e quando a gente olha pro futuro de Campina Grande, passa pela Avenida Floriano Peixoto”, finalizou Geraldo Medeiros.
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